segunda-feira, 31 de março de 2014

RAZÃO OU CORAÇÃO?



RAZÃO OU CORAÇÃO?

O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são criados por Deus em estado de ignorância 

simplicidade.

Eles possuem o embrião de todas as virtudes. Mas necessitam das experiências da vida 


para desenvolver o seu infinito potencial.

No universo não há privilégios ou injustiças. Cada qual ocupa uma posição adequada ao 


seu estágio evolutivo e as suas necessidades de aprendizado.

Na jornada para a plenitude, as asas do conhecimento e da moralidade gradualmente 


despontam em toda criatura.

Mesmo quem hoje parece um pervertido adquirirá a máxima pureza. Tudo é uma questão


 de tempo e de esforço. A criatura que parece privilegiada pela vida, na verdade trabalhou 

mais o seu interior.

Talvez seja mais velha do que as demais, por ter sido criada antes. Mas certamente já 


trabalhou muito. Afinal, o mero passar do tempo pouco ensina. É o que ocorre em uma 

escola. De nada adianta o aluno ser mais velho do que os demais de sua classe. Se não 

aprende a lição, não é promovido para a etapa seguinte.

A angelitude é um estado de consciência de quem muito conhece e muito ama.

Freqüentemente se ouve falar de embates entre a razão e o sentimento

Em face de determinada situação, a criatura não sabe qual rumo tomar.

Seu coração anseia por determinada solução, mas a razão aponta para outra saída.

Esse gênero de dúvida revela a pouca compreensão que ainda temos da finalidade da vida.

Ninguém nasce a passeio ou apenas para realizar fantasias.

Todos trazemos uma programação a cumprir, que invariavelmente visa a nossa evolução, o nosso aperfeiçoamento.

O objetivo de nossa vida sempre será o desabrochar do anjo que em nós reside.

Esse objetivo identifica-se com a aquisição da sabedoria e do amor. Ocorre que amor não é 


sinônimo de desejo. Essa sublime energia rege o universo. Ela desperta em nós o ideal de 

auxiliar o próximo a ser feliz.

Mas a razão nos diz que a felicidade depende do dever bem cumprido. Ninguém pode ser 


genuinamente feliz com a consciência pesada. Assim, o coração e a razão nunca entram em 

contradição, para quem compreende o seu real papel em face da vida.

Nossos amores não nos pertencem. Eles são filhos do divino pai, que os criou para uma 


meta transcendente e maravilhosa. Nosso papel é o de ajudá-los a atingir essa meta tão 

sublime. Amar não implica ser conivente ou livrar o próximo do trabalho que lhe compete.

Amar não significa manter o ser amado ao nosso lado, quando ele deseja viver outras 


experiências. Amar é auxiliar a ser feliz, a ser melhor, a crescer para Deus.

A razão lúcida ilumina e dirige o coração. O coração que aprendeu a amar suaviza e 


dulcifica o raciocínio.

A sabedoria e o amor são duas energias que se complementam, na perfeita harmonia da 


vida.

Nem determinações duras e implacáveis, nem pieguice e conivência com equívocos.

Quem ama e sabe, educa e ampara.

Acalenta, mas liberta.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.